terça-feira, 30 de outubro de 2007

Labor ao Tempo

tempo
desalento meu
és cruel
és amargo
como fel

Vai!
passa!
Deixe-me aqui
sofrendo
querendo
que voltes.

Eu já sei
que não vais parar
mas espere!
veja o que fez
quero que ouça-me
pelo menos
desta vez.

Perdi o que tinha
de melhor na vida
meu amor, bela, linda
era a única pessoa
minha única querida

E tu tens culpa
pois podes curar
mas não o fizeste
vais me abandonar?

Então imploro
não quero tormento
apenas que me dês
só mais um momento
pra voltar a amar.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

paixão perdida

Tentei reencontrar a inspiração
mas a tal não encontrei
por fim emborquei meu coração
e o amor simplesmente abandonei.

Percebi, por isso
minha alma definhar chorando
enxerguei, pois, desde o início
que fui escravo te amando

Porém, tal causa contradigo:
o amor não é promessa
se por ele me fatigo
sei que não é tão depressa.

E enquanto te amei
eu o fiz de verdade
sinceramente ponderei:
é um amor pra eternidade.

Pena que algo assim acabou
à deriva ficou meu coração.
Nossa paixão enfim se esgotou
só em poesia sobrou recordação.

sábado, 29 de setembro de 2007

Tu Não Me Vês

Vida moribunda é a minha, que fica a te observar na ínfima esperança do que é realmente impossível. Se há um coração símile ao meu... coitado é o dono deste.

Não posso conter minhas palavras que se atêm à tua primorosa beleza e ao teu todo gracioso jeito de menina. Tens abundante delicadeza, tanto que atingiste toda a graça esbanjante dum cacho de tâmaras, fazendo-me pairar sobre ti um olhar teimoso e sagaz, um olhar veemente e fulgoroso, que tenta conquistar-te, mesmo sabendo que és, por mim, inconquistável.

Entrevimo-nos por diversas vezes, mas nunca tive de ti sofrível resposta, nem sequer uma agonizante e intrínseca palha de paixão. Sinto-me esvaído, completamente esmorecido. Pareces olhar-me com tanto desprezo que meu fôlego torna-se ausente e é como se meus olhos se banhassem, deixando esgotar todas as puríssimas gotas lacrimais.

Hoje encontro-me na situação a qual esperei durante todo esse tempo: estou sem você.
Apesar de meu insucesso em ter-te, sei que não há tempo, distância ou beleza que tire de mim tal amor. E é por isso que sinto... tanta pena de meu coração.

domingo, 23 de setembro de 2007

Inesquecível és tu

Tempo, cujo poder é inabalável
nem tu podes tirar de mim essa dor.
De tudo só posso culpar meu coração
que tornou insuperável tal amor.

Dpois de tanto que já passou
sei que não mais posso te ter
meu coração a outra se apegou
mas de ti nunca vou esquecer.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Porque Viver é Aprender!

Experiência de vida não é a quantidade de aniversários
Talvez seja o que você viveu
e o que aprendeu
Talvez seja pelo que você passou
e ao vento não se jogou
Talvez seja pelas coisas que você deixou de fazer
e sabe que não vai mais esquecer
Talvez seja pelos amores que você viveu
e não se arrependeu

Aprender que viveu
é saber que não pode voltar atrás
Aprender que há pra viver
é o gesto mais difícil que se faz
Descobrir como viver
Ah! É o mais nobre de todos
isso sim é experiência! te deixa perceber
que as coisas que você sonhou
estavam certas.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Minha Razão

Hoje, não sei por quê, perguntei a mim mesmo: Por que escrever?
Então me dei conta disso tudo, a saber:
A solidão e a tristeza corroem o homem, e eu sou homem.
Em meus momentos de desfalecimento emocional, cujas razões são unicamente minhas, ponho-me a escrever, como se entrasse em momento de estagno, de pura quietude.
Vejo também, nas palavras, uma simples mas profunda magia, que pode aplacar os ânimos, que tem o poder de tocar as pessoas de maneira inteiramente profunda.
Se estou apaixonado, as palavras são como que exaladas de minha mente, desprendendo-se da inércia, do que chega a ser frívolo quando não sei no que pensar.
Por fim, o que eu espero quando escrevo, é que minhas palavras não se percam na incalculável extensão do tempo, desejo que, pela longura dos anos, perdurem sobre o coração dos que as lêem, e dos que ainda as lerão, para que sintam-se, mesmo que por um instante, amantes do que é pertinente ao coração: o amor.

É Inevitável Negar

A pureza do amor, cuja inocência traspassa a corrupta alma do homem, fulminou dentro de meu tímido e singelo coração.
Uma inesperada paixão me tomou, sim! Por que encantadora era a tua face, e inigualável era o teu jeito de ser, tanto que caí em amor.
Mas hoje, vejo-me numa triste situação da qual não sei como me livrar: Nosso amor tornou-se impossível, inalcançável. Sinto-me falido.
Quantas vezes vi, e como que senti teus firmes lábios deleitando-se nos meus, e tuas suaves mãos deslizando-me o pescoço. Era realmente como se pudesse te sentir, e tocasse tua pele tão fina quanto uma pétala de rosa, e tão pura quanto a brancura das nuvens.
Abrir os olhos traz-me à realidade, fria e cruel, amarga como fel. A falta de tua presença me incomoda, e essa ferida não se cura, uma dor terebrante, que me faz enxergar isso que não eu queria: Eu te perdi.

Perfeita Pra Mim

Por que você?
Se de tantas que conheço
poderia escolher
mas não é isso que eu penso
pois falo de algo superior
o que chamam de amor.
Vi em ti o incomum
o que em outras não espero
Sei que não há teorema algum
que explique tal sentimento sincero
Pois és como poesia sem fim
sempre linda e eterna, pra mim.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Reflexões do Fim da Vida - parte 2

Lembrei-me de quando era criança
eis que em meus pais a eternidade eu via
e a plenitude de conhecimento neles presente se fazia.
Tudo o que importava era a distração
eu não via perigo ou problema.
Só que eu não percebia o óbvio:
o tempo passava sem pedir licensa
e não esperava pelo que eu fazia.
Então, hoje, já não contemplo o meu presente
por que em minha família assisto o desvanecimento
e sei que não há pra onde fugir...
um dia também envelhecerei.
Não sei até quando com o mundo minha vida compartilharei.
Conhecimento e sabedoria adquiro com os anos de vida
aprendi com tudo isso que livres não somos nós,
presos nos vemos a um inimigo que anda em nosso lado
e que espera um vacilo, ou simplesmente que o tempo cuide,
para que ele possa se fazer agente, e consumir
o último de nossos suspiros.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Imperceptível Monumento Verde

Aquela lâmina de vidro, presa ao intermediário da sala de aula, deixa à vista aquele pé-de-pinha de folhas escuras e galhos quase estéreis de fruto.
Sua existência parece ínfima para os alunos daquele 3º ano. Suas raízes, invisíveis aos sobre o terreno, já devem estar ressequidas de esperar pela cearense água da chuva, que quase não cai. O trabalho dos ventos, cuja presença é incessante, retira da protagonista suas partes verdes numa época do ano, e ela, de maneira sublime, repõe-nas ao seu corpo em outra. A luz do sol irradia sobre a superfície epidérmica de suas folhas, que então, refinam nossa maculada expiração.

genero: Crônica
Local: Sala de aula

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Beleza Tua

Fiz-me admirador de tua beleza
sim, tua deslumbrante beleza.
Pois teu olhar me leva ao fascínio
e teu inefável sorriso... ah! como me encanta.

Quando te vejo
minhas mãos ficam adormecidas
meus pés não continuam
meus lábios não se abrem.
teu rosto provoca-me o forte desejo
de querer sentir tua toda perfeita face.

Gênero: Prosa romântica

Estações

Quando no verão
perplexo, via reluzente,
os desejos do teu coração
e os pensamentos da tua mente
Dizias: Por favor...
dá-me o teu amor.


A primavera já passa tardia
nasciam as folhas, cuja beleza
a ti mais viva fazia.
Por isso, lembrei-me, quando sobre a mesa,
de tua lindíssima face de amor,
que quando distante, causava-me dor.

No outono,
enquanto as folhas caíam
de seda, qual pano
era tua pele, diziam.
Mas não apenas isso eu via
por que ainda mais do teu amor eu queria.

E hoje, nesse inverno frio,
não mais te tenho
já sinto meu coração vazio
e minha vida eu mesmo desdenho.
Por que o que o vento levou na ida
não o trará de volta: a sua vida.


Nesse caso de solidão,
onde a morte levou não só uma
mas duas vidas de paixão
fico aqui tão vazio e leve quanto uma pluma
a qual pelo vento levar
lembra a mim... que morreu ao sonhar

Gênero: Poesia romântica

Reflexões do Fim da Vida

Às vezes penso:
nasci, aprendi,
tenho uma mente
e ela me dá possibilidades, prazeres, humor.
Percebo o óbvio:
Aos poucos isso vai acabar.
Não quero, não consigo
pensar no fim da minha vida
sabendo que dezenas de anos
de aprendizado e experiências
serão consumados
assim... num segundo.

Conheci muitos lugares,
muitas pessoas,
muitas marcas,
já fiz saltos
e aventuras, senti o que poucos sentiram.
Morei em várias casas,
estudei em inúmeros colégios.
Já fui aplaudido, vaiado.
Já me magoei, mas também já magoei.
Tenho amigos de infância,
tenho objetos de valor emocional.
Desfruto de humor, muito humor.
Já conheci quem não devia,
já fui aonde não podia
e tudo isso numa vida
que eu não quero perder.