sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Reflexões do Fim da Vida - parte 2

Lembrei-me de quando era criança
eis que em meus pais a eternidade eu via
e a plenitude de conhecimento neles presente se fazia.
Tudo o que importava era a distração
eu não via perigo ou problema.
Só que eu não percebia o óbvio:
o tempo passava sem pedir licensa
e não esperava pelo que eu fazia.
Então, hoje, já não contemplo o meu presente
por que em minha família assisto o desvanecimento
e sei que não há pra onde fugir...
um dia também envelhecerei.
Não sei até quando com o mundo minha vida compartilharei.
Conhecimento e sabedoria adquiro com os anos de vida
aprendi com tudo isso que livres não somos nós,
presos nos vemos a um inimigo que anda em nosso lado
e que espera um vacilo, ou simplesmente que o tempo cuide,
para que ele possa se fazer agente, e consumir
o último de nossos suspiros.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabens Rodrigo, adorei Reflexões do Fim da Vida 1 e 2 e tambem outros poemas seus, voce é muito bom no que faz, vc tem futuro, talvez venha a ser um Fernado Pessoa.
Voce precisa divulgar mais este blog. Vou recomendar para amigos meus. Parabens mesmo.

Abraços