quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Imperceptível Monumento Verde

Aquela lâmina de vidro, presa ao intermediário da sala de aula, deixa à vista aquele pé-de-pinha de folhas escuras e galhos quase estéreis de fruto.
Sua existência parece ínfima para os alunos daquele 3º ano. Suas raízes, invisíveis aos sobre o terreno, já devem estar ressequidas de esperar pela cearense água da chuva, que quase não cai. O trabalho dos ventos, cuja presença é incessante, retira da protagonista suas partes verdes numa época do ano, e ela, de maneira sublime, repõe-nas ao seu corpo em outra. A luz do sol irradia sobre a superfície epidérmica de suas folhas, que então, refinam nossa maculada expiração.

genero: Crônica
Local: Sala de aula

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