segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Reflexões do Fim da Vida

Às vezes penso:
nasci, aprendi,
tenho uma mente
e ela me dá possibilidades, prazeres, humor.
Percebo o óbvio:
Aos poucos isso vai acabar.
Não quero, não consigo
pensar no fim da minha vida
sabendo que dezenas de anos
de aprendizado e experiências
serão consumados
assim... num segundo.

Conheci muitos lugares,
muitas pessoas,
muitas marcas,
já fiz saltos
e aventuras, senti o que poucos sentiram.
Morei em várias casas,
estudei em inúmeros colégios.
Já fui aplaudido, vaiado.
Já me magoei, mas também já magoei.
Tenho amigos de infância,
tenho objetos de valor emocional.
Desfruto de humor, muito humor.
Já conheci quem não devia,
já fui aonde não podia
e tudo isso numa vida
que eu não quero perder.

Um comentário:

erick jonathan disse...

Ficou interessante...
Realmente, esperar Bilhões de anos para existir, desfrutar e gozar em um quase-nada(uma vida humana) perdido na eternidade; isso causa um sentimento de impotência, mas não há preço que pague!

Erick J. A. de Oliveira