sábado, 29 de setembro de 2007

Tu Não Me Vês

Vida moribunda é a minha, que fica a te observar na ínfima esperança do que é realmente impossível. Se há um coração símile ao meu... coitado é o dono deste.

Não posso conter minhas palavras que se atêm à tua primorosa beleza e ao teu todo gracioso jeito de menina. Tens abundante delicadeza, tanto que atingiste toda a graça esbanjante dum cacho de tâmaras, fazendo-me pairar sobre ti um olhar teimoso e sagaz, um olhar veemente e fulgoroso, que tenta conquistar-te, mesmo sabendo que és, por mim, inconquistável.

Entrevimo-nos por diversas vezes, mas nunca tive de ti sofrível resposta, nem sequer uma agonizante e intrínseca palha de paixão. Sinto-me esvaído, completamente esmorecido. Pareces olhar-me com tanto desprezo que meu fôlego torna-se ausente e é como se meus olhos se banhassem, deixando esgotar todas as puríssimas gotas lacrimais.

Hoje encontro-me na situação a qual esperei durante todo esse tempo: estou sem você.
Apesar de meu insucesso em ter-te, sei que não há tempo, distância ou beleza que tire de mim tal amor. E é por isso que sinto... tanta pena de meu coração.

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